sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sobre adaptações, por Thiago Souza

              Dia desses, em aula, lemos uma adaptação do conto A Cartomante, de Machado de Assis, para os quadrinhos. Com a leitura da adaptação, conseguimos entender o que o autor nos passava através do conto. Mas só depois que lemos o texto original, as ideias ficaram claras, com todas os seus detalhes. O papel do narrador na história em quadrinhos é reduzido, sendo muitas vezes substituído pelos desenhos, que nos mostram o que deveria ser contado. Obviamente, o texto original nos traz mais informações e detalhes do que o texto adaptado. Este acaba, às vezes, perdendo um pouco (ou muito) da ideia do autor. Muitos filmes, hoje em dia, são adaptações de obras literárias, e, em algumas ocasiões, o livro se torna conhecido pela maioria apenas por causa do filme.

              Sobre o projeto do governo de incluir clássicos da literatura em histórias em quadrinhos na escola, pode até ser uma boa ideia, pois vai levar aos alunos essas obras. Mas, como o próprio nome diz, é uma adaptação e, por isso, informações serão perdidas.

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