sexta-feira, 21 de maio de 2010

Adaptações, por Paula Castro.

Hoje em dia, as adaptações da literatura para o cinema são mais do que normais.  Muitas das vezes, você assiste a um filme e nem faz ideia de que ele surgiu de um livro. As adaptações nada mais são do que versões, no caso, de uma obra literária. Com pequenas modificações ou não, as adaptações do cinema, de preferência, seguem a risca cada parágrafo do bom, velho e conhecido livro.
Além de adaptações de livros, existem as adaptações de histórias em quadrinhos, tendo como exemplo o clássico Sin City (2005), de Frank Miller e produzido por Tarantino para as telonas. Filme muito bem feito, trabalhando exatamente com as mesmas cores destacadas nos quadrinhos, atores que se encaixam perfeitamente com as personagens e tendo uma única diferença principal: a HQ só não nos permite saber como é a voz das pesonagens, pois a riqueza de detalhes é de uma grandeza que não precisamos de muito esforço para imaginarmos como são os movimentos das personagens.
Mas nem sempre as adaptações dão tão certo como em Sin City. Em Alice, adaptação de Tim Burton para o conto de Lewis Carroll (conto do qual foi publicado em 1865), o filme deixou a desejar; Burton há tempos que não produz algo de sua autoria e certamente poderia explorar mais a sua imaginação. Essa versão do conto de Carroll nos causa certo estranhamento, visto que foi inspirada tanto no conto original, quanto em Alice Através do Espelho, conto também de Carroll.
Ainda no assunto de adaptações, não podemos nos esquecer dos contos que viram HQs, facilitando, de certo ponto de vista, a leitura. Um bom livro que disponibiliza essas adaptações é o Domínio Público, que agrupa contos como Sete Vidas, de Olavo Bilac; A Ilha de Cipango, de Augusto dos Anjos e A Cartomante, de Machado de Assis. O livro de literatura em quadrinhos foi lançado pela Editora DCL (Difusão Cultural do Livro), vendido pela média de R$29,00, pela livraria Saraiva.
O governo federal quer incluir, para a leitura dos alunos, clássicos da literatura, só que em adaptações em HQ. O governo diz que esses lançamentos farão a alegria dos alunos e do mercado, visto que são pouquíssimas as obras literárias brasileiras que foram adaptadas para HQ. Creio que essa alegria não seja tão plena para os alunos que preferem as palavras aos quadrinhos, mesmo que haja a facilidade do desenho, expressando os cenários e as expressões das personagens. Com os livros, exercitamos a memória, a imaginação e ainda nos ajuda a escrever melhor, deixando a escolha pela preferência do leitor.

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